2ª prova da UFRJ teve nível médio de dificuldade, dizem professores

As provas de física, química, história e geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aplicadas neste domingo (21) tiveram nível médio de dificuldade, segundo professores. As questões tiveram boa abrangência nos assuntos cobrados, com temas atuais, como reciclagem, aquecimento global, relações do trabalho e redes sociais.

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“Foi uma prova moderna, que cobrava bom domínio de linguagem verbal, com diversos textos em todas as matérias, e não verbal, com figuras, tabelas e gráficos. Quem domina bem as duas linguagens teve desempenho melhor”, disse o coordenador interdisciplinar do Curso e Colégio pH, Alcides Affonso.

A prova trouxe temas atuais, com perguntas contextualizadas, que buscavam conexão com a realidade. “Isso é muito positivo, para que o aluno possa perceber que o vestibular não é uma coleção de assuntos que ele vai decorar. É uma avaliação também da visão de mundo que ele tem, da interpretação que ele faz do mundo”, disse Affonso.

Neste domingo, dos 92.023 candidatos inscritos, 40.041 faltaram à prova, o equivalente a 43,5% do total. “A segunda prova da UFRJ ocorreu sem problemas. Tivemos sete mil faltosos a mais do que no primeiro dia (15 de novembro), mas a abstenção estava dentro do previsto”, afirmou o reitor da universidade, Aloísio Teixeira. No primeiro dia, foram 32.812 abstenções.

Das 9.060 vagas da universidade, 40% serão preenchidas pelo vestibular e 60% serão destinadas ao Sistema de Seleção Unificada (SiSU) do Ministério da Educação. O SiSU seleciona estudantes pela nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Desses 60%, um terço faz parte da ação afirmativa da universidade, que beneficia alunos de escolas públicas estaduais.

O resultado final do vestibular sai em 14 de janeiro. A pré-matrícula ocorre em 18 de 19 de janeiro.

Veja comentários de cada prova:
História – Segundo o professor de história, Igor Vieira, a prova foi simples e direta, sem surpresas, com ênfase para história geral, com questões sobre relações de trabalho, cidadania e exclusão. A prova trouxe textos que não eram fundamentais para a resolução das questões. Duas perguntas exigiram a interpretação de tabelas e uma de gráfico. Uma questão, sobre escravidão, exigia conhecimento específico. O professor sentiu falta de mais questões de história do Brasil.

Geografia – De acordo com a professora Anice Afonso, a prova se caracteriza por ser mais reflexiva. Quem conhece interpretação de gráficos e tabelas foi bem. A prova misturou conhecimentos diversificados. Além de conteúdos tradicionais, a prova trouxe questões sobre fenômenos recentes, como construções no Rio de Janeiro, investimentos e redes sociais.

Química – Segundo o professor Guilherme Guimarães, a prova teve nível bom, com dificuldade média a difícil. Trouxe questões sobre reciclagem, meio ambiente e aquecimento global. A prova exigiu conhecimentos específicos e temas atuais. A questão 4 foi a mais difícil para o professor, por cobrar conhecimento específico sobre polímeros e interpretação de um gráfico de razoável dificuldade.

Física – De acordo com o professor Felipe Amaral, a prova estava dentro do esperado. Envolveu assuntos clássicos, que costumam ser cobrados, como hidrostática e eletrodinâmica. O estudante precisava ter uma boa capacidade interpretativa. Duas questões mais difíceis foram a de número 5, sobre hidrostática, e a de número 8, sobre mecânica e eletrostática.

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