Presos seis suspeitos de fraudar vestibular no interior de São Paulo

Quatro homens e duas mulheres foram presos em flagrante na tarde de sábado (20) em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, por suspeita de envolvimento em um esquema de fraude em vestibulares. De acordo com a delegada Adriana Ribeiro Pavarina,  o grupo tentava fraudar a prova de ingresso para a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), uma universidade privada.

O grupo deveria atuar também neste domingo (21) em um vestibular na cidade de Marília, onde cerca de 20 estudantes teriam contratado os fraudadores. A delegada disse que documentos apreendidos com os suspeitos apontam que os vestibulandos pagavam entre R$ 15 e R$ 30 mil para que os criminosos fizessem a prova em seus lugares. O valor oscilava de acordo com a universidade escolhida e, segundo Adriana, a investigação aponta o grupo atuava em diversos estados.

O esquema foi descoberto após uma integrante do grupo ser flagrada  por um fiscal da Unoeste com um aparelho eletrônico na sala onde a prova era realizada. A delegada explicou que quatro integrantes do grupo, chamados de "pilotos", usaram documentos de identidade falsificados e se passaram por vestibulandos. Na local da prova, eles recebiam as respostas através de mensagens de texto em uma espécie de celular com formato de relógio de pulso.

Após o esquema ser descoberto pelos fiscais, a polícia localizou os demais integrantes do grupo e dois carros que pertenceriam aos chefes da quadrilha. Nos veículos, foram apreendidos cerca de R$ 9 mil, recibos de pagamento, itens para falsificação de documentos e cadernetas com nomes de estudantes que teriam feito pagamentos.

De acordo com Adriana, o suspeito de chefiar a quadrilha é um homem de 56 anos que já foi preso por fraudes em processos seletivos nos estados do Tocantins, Mato Grosso e São Paulo. A primeira prisão do suspeito por envolvimento em fraudes ocorreu em 1983.

O homem e a mulher suspeitos de comandar o esquema foram autuados por formação de quadrilha, falsificação e tentativa de estelionato. Os demais integrantes responderão por uso de documento falso, formação de quadrilha e tentativa de estelionato. Os homens foram transferidos para cadeia publica de Presidente Venceslau e, as mulheres, para a cadeia de Pirapozinho.

A Polícia Civil vai pedir a quebra de sigilo fiscal dos detidos. Os estudantes cujos nomes aparecem nas cadernetas serão investigados e podem responder por tentativa de estelionato.

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