Japão vai continuar tremendo por um bom tempo, afirmam geólogos

Desde o terremoto de 9 graus na Escala Richter, na sexta-feira passada (11), o Japão tem sofrido novos tremores todos os dias. O Jornal Nacional foi ouvir geólogos sobre esse fenômeno.

O terremoto foi no Japão, mas todo o planeta tremeu. A movimentação foi registrada por sismógrafos espalhados pelos cinco continentes. O geólogo Cândido Juliani, da Universidade de São Paulo (USP), explica que a Terra não é um maciço único. Ela é toda rachada e dividida em 12 grandes placas, chamadas placas tectônicas que estão em constante movimento. O território japonês fica bem na região onde estão quatro dessas placas.

Há 700 milhões de anos, o planeta era de um jeito. Depois de milhares de terremotos, ficou como nós conhecemos hoje. E nada disso tem a ver com a ação do homem.

O tremor forte foi na sexta-feira, mas o Japão continua chacoalhando.

Marli conversava na manhã desta terça-feira (15) com o marido, que está a quase mil quilômetros ao sul de Sendai, a região mais atingida pelo terremoto. De repente, ele interrompe a conversa.

Roberto: Balançou para caramba aqui, agora. Nossa senhora!
Marli: Está tremendo mesmo.
Roberto: Está balançando tudo aqui.
Marli: Roberto, vai para fora.
Roberto: Parou já.


O Japão que não para de tremer e deve continuar tremendo ainda por um bom tempo, de acordo com os geólogos. Os tremores secundários, esses que estão sendo relatados pelas pessoas que estão no país, são uma conseqüência natural de um forte tremor de terra.

Quando uma placa tectônica começa a entrar em baixo da outra, como está ocorrendo no Japão, ela vai se movendo até encontrar um ponto de resistência, quando ela para. Só que até acomodar toda a placa, ela acaba provocando esses tremores menores.

“É um processo natural que existe na Terra há alguns bilhões de anos e continuará existindo. Certamente, o Japão sofrerá outros terremotos fortes ao longo das próximas décadas ou dos próximos 100 ou 200 anos. Mas não há para saber se ocorrerá um grande terremoto ou um pequeno terremoto”, apontou o geólogo Cândido Juliani, da USP.

Do Jornal Nacional.

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