Cientistas da
Universidade de Tel Aviv
anunciaram na última quarta-feira (7 de setembro) a criação de uma nova
geração de supercondutores 40 vezes mais potente que a tecnologia usada
atualmente. Para tornar isso possível, os pesquisadores utilizaram
fibras feitas a partir de cristais de safira como material substituto
para o cobre.
Segundo o Dr. Boaz Almog, que divide a criação da tecnologia com Mishael
Azoulay e o Professor Guy Deutscher, a novidade tem potencial para
revolucionar a transmissão de energia. Além de ocupar menos espaço e
enviar eletricidade de forma mais eficiente, a novidade se apresenta
como uma forma mais eficiente de coletar recursos gerados a partir de
fontes ecológicas renováveis.
Transmissão mais eficiente
Almog
afirma que o principal problema encontrado nos cabos de cobre usados
atualmente é o superaquecimento. Isso acontece devido ao desprendimento
de calor gerado pelas correntes elétricas, diminuindo a eficiência da
transmissão e desperdiçando energia que poderia ser aplicada em tarefas
úteis.
Para resolver esse problema, os cabos de safira vêm acompanhados de
um sistema de refrigeração próprio que usa um fluxo constante de
nitrogênio líquido para manter níveis ideiais de temperatura. Segundo os
pesquisadores, o material se mostra ideal tanto pela disponibilidade
quanto pelo preço reduzido que apresenta atualmente.
A ideia de usar cristais de safira como material surgiu a partir de
uma técnica desenvolvida pelo Dr. Amit Goyal, do Oakridge National Lab,
que as revestiu com uma mistura especial baseada em cerâmica. O
resultado são supercondutores extremamente eficientes e resistentes que
possuem espessura ligeiramente maior que um fio de cabelo.
Tecnologia para o futuro
O time de pesquisadores atualmente concentra esforços no
desenvolvimento de novos supercondutores capazes de transmitir
quantidades ainda maiores de energia. Além disso, o time procura meios
de tornar a tecnologia disponível em larga escala, já tendo apresentado a
ideia em diversas conferências pelo mundo. Apesar dos esforços, até o
momento não há qualquer previsão de quando a novidade deve sair dos
laboratórios para ser usada em larga escala.
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