Ainda vão dizer.


Imagem: https://abrilclaudia.files.wordpress.com/2016/10/


Não são nem sete horas da manhã, mas você já se levantou e tomou café e chegou em seu local de estudo. Então, afasta a cadeira, senta e, após encontrar uma posição confortável, pega a mochila, apanha alguns livros, outro caderno e aquele lápis e aquela caneta que são os verdadeiros companheiros. Aliás, eles sempre acordaram junto com você. Acredita, inclusive, serem “da sorte”.

Você folheia algumas páginas, olha os assuntos que aos poucos vão sendo reveladas e, de posse da caneta, começam alguns rabiscos, ainda que meio tortos, afinal não são nem sete horas. Conforme as horas passam os riscos vão ganhando uma outra forma, começam a aparecer alguns números entre as letras e desenhos para melhor compreensão do conteúdo.

Agora vem uma pausa. Hora do almoço. No máximo duas horas de intervalo e você já está pronto para retomar de onde parou. Tira o lápis que usara como marcador de página do livro e a caneta que usara como marcador de página do caderno.

Após alguns resumos e cálculos feitos, percebe que já chegou a hora de ir para casa.  Então, procura a mochila que estava perdida embaixo da mesa de estudo, abre o zíper e quase como em um ritual começa a devolver o material para ela: o caderno, os livros e o material de escrita.

Chega em casa e já está de noite. Prepara aquela comida rápida com o intuito de voltar o mais rápido possível ao material que produzira durante o dia, como uma forma de revisar o que estudou.

Ainda insatisfeito com o estudo do dia, adentra a madrugada preparado os assuntos do dia seguinte. Só irá parar quando estiver tudo esquematizado. Nisso já são quase duas horas da manhã, mas precisa ir dormir, porque quando nem for sete horas da manhã já vai ter que está no local de estudo.

Depois disso, ainda vão dizer que tudo o que você conquistou foi, meramente, sorte.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Kirin anuncia compra de 100% da Schincariol

Fundo Amazônia tem 30 projetos, com R$ 300 milhões em financiamentos do BNDES

Ministério Público do Ceará denuncia R$ 202 milhões em sonegação