O massacre dos professores no Ceará
A declaração em que governador Cid Gomes insinuou que os professores
do Ceará deveriam trabalhar “por gosto” parecia o pior capítulo da greve
dos docentes no estado, que já se arrasta há dois meses, mas foi
superada pelo confronto entre professores e policiais travado dentro da
Assembleia Legislativa do estado nesta quinta-feira. A ação da polícia,
que impediu os professores de invadir o plenário, resultou na
hospitalização de dois docentes – um deles com suspeita de fratura
craniana – e na prisão de cinco dos grevistas.
Nesta quinta-feira, a Assembleia Legislativa do Ceará aprovou um reajuste que atinge apenas 130 dos 35 mil educadores do estado. Na tentativa de impedir a votação da proposta imposta pelo governo, os professores entraram em confronto contra a polícia, em mais um argumento, talvez, para que deixem a rede pública e vão ganhar dinheiro nas escolas particulares, como sugeriu o governador: "Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado”.
“A situação está tensa. O governo mandou um projeto de lei para a Assembleia, para ser votado em regime de urgência, mas ele beneficia apenas quem tem nível médio. Isso dividiu a categoria”, disse ao Brasil 247 o secretário-geral do Sindicato Associação dos Professores de Estabelecimentos Oficiais do Ceará (Apeoc), Juscelino Linhares. Houve violência policial, mas os professores também estavam armados, com pedaços de madeira.
Juscelino conta que os professores chegaram à Assembleia na manhã de quarta-feira e permaneceram acampados por lá. Três dos docentes decretaram greve de fome e vários outros dormiram na Assembleia. Nesta quinta, mais de 200 docentes tentaram sem sucesso impedir a votação e, quando os deputados aprovaram o reajuste proposto pelo governo, os professores tentaram invadir o plenário e foram impedidos pela polícia, que já estava pronta para o confronto e se valeu inclusive de gás de pimenta.
Os professores permanecem na Assembleia e o sindicato prevê uma grande reunião para esta sexta-feira. A categoria está em greve desde o dia 5 de agosto e já organizou dezenas de protestos pelas ruas de Fortaleza. No dia 26 de agosto, o Tribunal de Justiça do Ceará determinou pela primeira vez a suspensão de greve dos professores sob pena de multa de R$ 10 mil ao sindicato da categoria. Os professores recorreram da decisão, mas no último dia 19 o tribunal voltou a ordenar a suspensão do movimento.
Nesta quinta-feira, a Assembleia Legislativa do Ceará aprovou um reajuste que atinge apenas 130 dos 35 mil educadores do estado. Na tentativa de impedir a votação da proposta imposta pelo governo, os professores entraram em confronto contra a polícia, em mais um argumento, talvez, para que deixem a rede pública e vão ganhar dinheiro nas escolas particulares, como sugeriu o governador: "Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado”.
“A situação está tensa. O governo mandou um projeto de lei para a Assembleia, para ser votado em regime de urgência, mas ele beneficia apenas quem tem nível médio. Isso dividiu a categoria”, disse ao Brasil 247 o secretário-geral do Sindicato Associação dos Professores de Estabelecimentos Oficiais do Ceará (Apeoc), Juscelino Linhares. Houve violência policial, mas os professores também estavam armados, com pedaços de madeira.
Juscelino conta que os professores chegaram à Assembleia na manhã de quarta-feira e permaneceram acampados por lá. Três dos docentes decretaram greve de fome e vários outros dormiram na Assembleia. Nesta quinta, mais de 200 docentes tentaram sem sucesso impedir a votação e, quando os deputados aprovaram o reajuste proposto pelo governo, os professores tentaram invadir o plenário e foram impedidos pela polícia, que já estava pronta para o confronto e se valeu inclusive de gás de pimenta.
Os professores permanecem na Assembleia e o sindicato prevê uma grande reunião para esta sexta-feira. A categoria está em greve desde o dia 5 de agosto e já organizou dezenas de protestos pelas ruas de Fortaleza. No dia 26 de agosto, o Tribunal de Justiça do Ceará determinou pela primeira vez a suspensão de greve dos professores sob pena de multa de R$ 10 mil ao sindicato da categoria. Os professores recorreram da decisão, mas no último dia 19 o tribunal voltou a ordenar a suspensão do movimento.
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