Polícia prende dois acusados de assassinato de extrativistas no PA
Operação das Polícias Civil e Militar do Pará prendeu neste domingo
(18), em Novo Repartimento, dois homens acusados de envolvimento na
morte do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo Silva.
Os ambientalistas foram mortos por tiros de espingarda em uma emboscada
ocorrida em maio deste ano, na estrada de acesso ao assentamento
Praialta Piranhanheira, em Nova Ipixuna.
José Rodrigues Moreira, 43 anos, considerado o mandante do crime, e seu
irmão, Lindonjonson Silva Rocha, 29 anos, estavam escondidos em uma
casa na zona rural de Novo Repartimento desde que a Justiça decretou a
prisão de ambos, em 20 de julho. Eles foram denunciados pelo Ministério
Público.
De acordo coma Polícia Civil, os irmãos resistiram à prisão. Com eles
foram encontrados três revólveres calibre 38, uma espingarda, 15
cartuchos de munição e documentos. Os dois foram encaminhados para
Belém, onde vão aguardar vaga no sistema prisional do Pará. A polícia
ainda busca um terceiro envolvido, que segue foragido.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, José Rodrigues
Moreira era trabalhador rural e foi apontado no inquérito policial como o
mandante da execução de José Cláudio da Silva, após conflito envolvendo
lotes de terra no assentamento Praialta Piranheira.
Lindonjonson e o terceiro participante organizaram a emboscada que
culminou na morte dos extrativistas, segundo a polícia. Eles devem
responder pelo crime de homicídio duplo.
Consequência
Após as mortes, homens da Força Nacional foram enviados à região de Nova Ipixuna para investigar ameaças feitas a trabalhadores rurais por madeireiros, que estariam desmatando áreas ilegalmente. Serrarias foram fechadas na região, após operações lideradas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).
Após as mortes, homens da Força Nacional foram enviados à região de Nova Ipixuna para investigar ameaças feitas a trabalhadores rurais por madeireiros, que estariam desmatando áreas ilegalmente. Serrarias foram fechadas na região, após operações lideradas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).
Em agosto, o procurador Cláudio Terre do Amaral, do Ministério Público
Federal (MPF) do Pará, encaminhou ofícios para a Polícia Federal (PF) e
às autoridades de segurança pública do estado cobrando rigor nas
investigações sobre ameaças de morte e assassinatos cometidos contra
ambientalistas, agricultores, extrativistas e sindicalistas que atuam em
proteção ao meio ambiente.
Segundo Amaral, madeireiros da região estariam oferecendo R$ 80 mil pela morte dessas pessoas.
O MPF pediu, também, medidas de proteção para familiares do casal de extrativistas assassinado no assentamento rural.
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