Mercado financeiro já prevê Selic em 14% ao ano
Remédio de juros básicos maiores para conter inflação acarreta prejuízos para a recuperação da economia
A taxa básica de juros, a Selic, deve subir pela sexta vez seguida esta
semana. A estimativa é de analistas do mercado financeiro, que projetam
mais uma alta de 0,5 ponto percentual, com a taxa alcançando 13,75% ao
ano. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano. A reunião do Comitê de
Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), responsável por
definir a Selic, está marcada para amanhã (2) e quarta-feira, quando o
novo valor será conhecido após o fechamento dos mercados.
As elevações da Selic pelo BC miram conter a inflação, que deve estourar
o teto da meta para o ano. A meta de inflação é 4,5%, com margem de
dois pontos percentuais para mais ou para menos. Ou seja, o limite
superior da meta é 6,5%. Para analistas do mercado financeiro ouvidos
pelo BC, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), deve atingir 8,39%, em 2015. Essa projeção sobe há sete
semanas seguidas. Na semana passada, estava em 8,37%. A projeção do
próprio BC indica inflação este ano acima da meta, em 7,9%.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial
de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais
taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o
excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos
encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros
básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo,
mas alivia o controle sobre a inflação.
Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a
economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no
consumo. Para o mercado financeiro, a economia deve ter retração de
1,27%, este ano. A estimativa da semana passada para o Produto Interno
Bruto (PIB) estava em queda de 1,24%. Essa foi a segunda piora
consecutiva na projeção, segundo reportagem da Agência Brasil.
A pesquisa do BC para indicadores econômicos divulgados hoje (1º) também
mostra que dólar deve chegar a R$ 3,20 no final deste ano e a R$ 3,30
no fim de 2016.
A expectativa para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços –
Disponibilidade Interna (IGP-DI) permanece em 7,03%, este ano, e em
5,50%, em 2016. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a
estimativa passou de 6,97% para 6,87%, este ano, e segue em 5,50%, em
2016.
A estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi ajustada de
8,33% para 8,17%, este ano, e segue em 5,10%, em 2016.
A projeção para os preços administrados subiu de 13,7% para 13,9%, este
ano, e de 5,84% para 5,8%, em 2016.
Fonte: Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização
Olá,
ResponderExcluirEu estava lendo um dos seus artigos no site http://blog.diogofn.com e achei esse artigo:
http://blog.diogofn.com/2015/06/mercado-financeiro-ja-preve-selic-em-14.html
Notei que você linkou para um dos artigos que eu mais gosto sobre o tema:
http://www.infomoney.com.br/educacao/guias/noticia/125180/entenda-que-como-selic-afeta-economia-brasileira-seu-bolso
O Clube do Valor acabou de criar um artigo muito similar a esse!
É como o artigo do InfoMoney, só que um pouco mais atualizado e completo. Veja aqui:
https://clubedovalor.com.br/taxa-selic/
Se você achar válido, eu ganharia o meu dia se você incluísse um link no seu artigo para o meu!
Afinal, nós sabemos a importância desse assunto para as pessoas e, quanto mais informação a respeito, melhor.
Continue o ótimo trabalho no seu site e também na sua vida.
Forte Abraço,
Felipe Seródio.