Álcool em gel será obrigatório em hospitais
Os hospitais e clínicas públicas e privadas serão obrigados a colocar dispensadores com álcool em gel em todos os quartos, ambulatórios e prontos-socorros para evitar novos casos da superbactéria KPC e de outros micro-organismos resistentes a antibióticos.
A norma foi aprovada anteontem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para estimular a higienização de profissionais de saúde. A medida é uma das mais eficazes para impedir a disseminação das superbactérias e conter as infecções hospitalares, informou o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano.
“Esse é um elemento (álcool em gel) que facilita o hábito de higienização, porque é mais fácil de acessar. Mas as pessoas podem continuar a lavar as mãos com água e sabão”, afirmou. A nova regra deve ser publicada oficialmente na próxima semana. De acordo com o diretor, os hospitais terão um prazo de até 60 dias para adaptação.
Técnicos da Anvisa reuniram-se anteontem com especialistas em infectologia e microbiologia para discutir medidas de contenção e o cenário da KPC no Brasil. A KPC é um tipo de enzima que provoca resistência de algumas bactérias aos antibióticos de uso habitual.
A bactéria atinge, principalmente, pessoas com baixa imunidade que estejam hospitalizadas, como pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela pode ser transmitida por meio do contato direto, como o toque, ou pelo uso de um objeto comum.
Quatro casos de contaminação pela bactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase) foram confirmados em Pernambuco, na tarde de sábado. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, os doentes são do sexo masculino e estão internados em dois hospitais há mais de 30 dias. Com idades entre 46 e 80 anos, três deles estão na UTI e o outro, que se encontrava na mesma situação, já se recupera em um quarto.
Os pacientes foram parar no hospital depois de sofrerem AVC (acidente vascular cerebral). De acordo com a secretaria, os problemas com a KPC ocorreram depois da entrada nas unidades de saúde -pelo fato de eles já levarem a bactéria no organismo ou por terem se contaminado depois de internados. Seguindo orientações da Anvisa, para reduzir os riscos de transmissão, os quatro homens estão isolados e recebem tratamento de uma equipe exclusiva.
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