Comentários do vestibular da Unicamp

Confira a resolução comentada da primeira fase do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realizada neste domingo (21). Para professores, a parte de redação, em que o estudante teve de fazer três textos, foi a mais complexa e exigiu boa administração do tempo. Além das redações, os estudantes tiveram de responder 48 testes de múltipla escolha.

Para o coordenador geral do curso Anglo, Nicolau Marmo, o estudante teve excesso de trabalho em comparação com a prova do ano passado. "Eles se cansaram demais", afirmou. Segundo Marmo, uma redação seria suficiente. O professor elogiou as questões. "São contextualizadas, tem linguagem clara, concisa e precisa. É uma referência para qualquer vestibular", disse.

O coordenador do curso Etapa, Edmilson Motta, disse que os testes tinham resolução relativamente simples, com dificuldade de média para fácil. A preocupação, segundo Motta, é que estudantes de cursos concorridos perdem muito se erram esse tipo de questão. "A redação vai decidir", afirmou. De acordo com Motta, a cobrança de duas redações seria "melhor". "É difícil fazer um textos bem acabados. Os candidatos tiveram muita dificuldade com três temas", disse.

Segundo o coordenador pedagógico do curso pré-vestibular Oficina do Estudante, Célio Tasinafo, a maior exigência foi a administração do tempo. "Foi uma prova puxada para cinco horas", disse. As primeiras duas propostas de redação eram mais díficeis e a terceira era um pouco mais fácil, segundo Tasinafo.

As outras disciplinas foram bem cobradas, segundo Tasinafo. Em geografia, predominaram questões sobre o Brasil e principalmente sobre agricultura. História trazia respostas no próprio texto. Biologia cobrou temas atuais, estava bem elaborada e bem distribuída, assim como matemática, física e química, de acordo com o coordenador da Oficina do Estudante. As questões de matemática estavam bem contextualizadas, ligadas a situações reais.

Para o professor de matemática do Objetivo, Gregorio Krikorian, as dez questões da disciplina tinham nível médio de dificuldade. "A distribuição no conteúdo programático ficou desbalanceada", afirmou. Álgebra foi super valorizada, segundo o professor. Poderia ter havido mais questões de geometria e faltou trigonometria.
Segundo o professor de biologia do Objetivo, Constantino Carnelos, a prova foi bem feita. O estudante tinha que saber conteúdo. "Ou sabe ou não sabe", disse. Uma redação falava do vazamento de petróleo no Golfo do México neste ano.

A prova de geografia do Objetivo, Vera Lúcia da Costa Antunes, tinha pegadinhas nas questões. "Exigiu atenção e leitura cuidadosa. Uma palavra inutilizava um texto", disse. A professora lamentou o tipo de prova. "Não é o melhor tipo de teste. É uma pena porque a Unicamp tem tradição de prova bem elaborada", disse.
As questões de física, segundo o professor do Objetivo Ricardo Helou Doca, tiveram dificuldade média. Os enunciados eram específicos sobre assuntos pontuais. De seis questões, uma tratou de mecânica, duas de eletricidade, uma de termologia e duas de ondulatória. "O aluno foi cobrado para fazer cálculos e contas", disse.

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