Britânico escapa de enchentes na Austrália, do terremoto na Nova Zelândia e do tsunami no Japão

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Paul Lancaster ao lado da namorada, na Austrália: desastres acontecem logo depois que ele chega ao país.
 
Quando o consultor financeiro recém-desempregado Paul Lancaster decidiu deixar o Reino Unido para esquecer seus problemas e trabalhar como voluntário, ele imaginava uma vida mais tranquila. Ao contrário, porém, o britânico parece estar sendo seguido pelo desastre. Ele estava na Austrália quando o país foi alvo de enchentes, na Nova Zelândia quando um terremoto destruiu Christchurch e também no Japão, quando um tsunami devastou a costa noroeste do país.

A primeira catástrofe aconteceu em janeiro durante sua visita à namorada em Sydney, na Austrália.

Dias depois de sua chegada, a cidade de Brisbane foi destruída por uma enchente nas mesmas proporções da que atingiu a região serrana do Rio. A desgraça não parou por aí. Depois, ele seguiu para a Nova Zelândia, onde visitou a cidade de Christchurch, dois dias antes do terremoto de 6,3 graus que destruiu a cidade e afetou a economia do país. Por fim, ele estava passeando por Osaka, no Japão, quando o país foi atingido no últimos dia 11 por um terremoto de 9 graus na escala Richter, seguido por um tsunami que destruiu a costa noroeste e afetou a usina nuclear de Fukushima, que ainda corre o risco de espalhar radioatividade.


Mesmo estando em cada um desses países no momento de grandes desastres, ele conseguiu escapar ileso. Seus pais, entretanto, não estão ansiosos para que ele volte para casa. “Os desastres parecem estar seguindo meu filho, não tenho muita certeza se quero que ele volte”, diz o pai, Paul Lancaster sênior, em tom de brincadeira.


Após ser demitido de uma grande financeira, Lancaster decidiu se aventurar pelo mundo. Como voluntário em organizações não-governamentais, ele primeiro foi para a África do Sul, onde ajudou a construir escolas e depois na China, onde ensinou inglês para crianças.
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Cenário de desolação quando as águas baixaram em Brisbane, na Austrália: prejuízo de milhões.

“Quem sabe o que pode acontecer se ele retornar ao Reino Unido?”, brinca o pai, que também se admira com a coincidência de que o filho estar na Austrália, na Nova Zelândia e no Japão no momento em que as catástrofes se sucederam.

Falando ao jornal “Daily Mail”, Lancaster disse que acha, na verdade, que o filho é um “sortudo”, e não alguém que está atraindo azar – já que ele não foi afetado. “No Japão, ele só ficou sabendo do terremoto porque nós ligamos preocupados para saber se estava tudo bem”, disse o pai.
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Bombeiros e membros de equipes de resgate retiram pessoas dos escombros dos prédios em Christchurch, centro do terremoto na Nova Zelândia.
 
As recentes notícias sobre o vazamento de radioatividade, porém, colocaram a família em alerta. “Agora estou preocupado com essas notícias sobre vazamento de radiação e quero que ele volte para casa”, disse.
EFE
Província na costa noroeste do Japão: reconstrução após tsunami de 11 de março.
 
A família se ofereceu para pagar sua passagem, mas Lancaster disse que está feliz no Japão e que só pretende ir embora se o governo decidir evacuar a população de Tóquio.

“Ele é um rapaz de bom senso, nós o criamos direito. Tenho certeza que ele vai ficar bem”, garante o pai. Segundo ele, essa história de azar não preocupa o filho. “Quando falamos que ele está muito azarado, ele morre de rir.”

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