Filho de Cissa Guimarães foi vítima de 'pega', dizem amigos em audiência

Rafael Mascarenhas (Foto: Reprodução / Multishow)
Rafael, filho de Cissa.
A Justiça do Rio ouviu, na tarde desta terça-feira (29), quatro testemunhas de defesa e outras quatro de acusação na audiência de instrução e julgamento sobre a morte do músico Rafael Mascarenhas, de 18 anos, filho da atriz Cissa Guimarães, atropelado no dia 20 de julho de 2010 no Túnel Acústico da Gávea, na Zona Sul do Rio. Segundo testemunhas, o jovem foi atingido por um carro que estava fazendo “pega”.

Entre as testemunhas de acusação, ouvidas pelo juiz em exercício do 2º Tribunal do Júri, Rodrigo José Meano Brito, estavam três amigos de Rafael, que andavam de skate com ele no dia do atropelamento, e um funcionário da Comlurb, que trabalha na limpeza do túnel.

Pelo lado da defesa, participaram como testemunhas um operador de tráfego, o lanterneiro que fez o reparo na lataria do carro de Rafael Bussamra, que confessou ter atropelado a vítima, o amigo de Bussamra, que estava no outro carro e que, supostamente teria participado de um “racha”, e o administrador do túnel.

Carro em alta velocidade
Os amigos da vítima afirmaram ter convicção de que os dois carros suspeitos estavam participando de um “pega” e que Rafael Mascarenhas foi atingido por um carro em alta velocidade que voltou pela galeria que estava fechada para veículos naquele momento.

Eles disseram ainda que os responsáveis pelo atropelamento não ofereceram ajuda para socorrer Rafael Mascarenhas. Um dos amigos garantiu ter ouvido de Bussamra a conversa que teve com o pai pelo telefone: “Pai, atropelei alguém, o que eu faço?”, teria dito antes de se afastar do corpo e dos amigos da vítima.

Amigo de atropelador nega 'racha'
Já o amigo de Bussamra, que estava no outro carro, garantiu que eles não faziam “pega” e “não sabiam que o túnel estava fechado”. Disse ainda que, logo que percebeu que uma pessoa havia sido atingida, recomendou que o atropelador ligasse para a polícia e pedisse uma ambulância. Ele afirmou que, no entanto, não atenderam a ligação.

A testemunha de defesa disse também que os dois só deixaram o local, perto do corpo, quando viram que um carro da Polícia Militar se aproximava. Ele não soube esclarecer a extorsão que teria sido praticada pelos policiais, por não ter acompanhado a conversa de perto, mas afirmou que, depois de muitas voltas de carro, teriam sido obrigados a entrar na viatura da PM até que o reboque chegasse ao local.

O filho de Cissa Guimarães foi atropelado quando andava de skate com amigos no Túnel Acústico. Ele estava na pista interditada quando um dos dois carros o atingiu com uma velocidade de aproximadamente 100 km/h.

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