Produção de etanol só atenderá 45% dos carros flex em 2011, diz Unica
Créditos G1
A capacidade de produção de etanol em 2011 só tem condições de garantir o abastecimento de 45% da frota de veículos flex. A projeção é da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), que divulgou nessa quinta-feira previsão de crescimento de apenas 0,52% na produção de etanol na safra 2011/2012.
“No ano passado atendemos 50% da frota flex. A projeção desse ano é de 45% e se nada for feito estamos falando em 37% em 2020", afirmou o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues. Segundo ele, a produção nacional já chegou a atender 90% da frota flex no começo da década.
Mantido o ritmo de crescimento atual da produção e da demanda, a Unica prevê um déficit de 200 milhões de toneladas de cana de açúcar na safra 2015/2016, o que permitirá atender apenas 44% da frota de carros flex.
Segundo a entidade, apesar de a quantidade de moagem de cana-de-açúcar ter dobrado no período de 2002 a 2008, o incremento na produção de etanol nos últimos anos ficou abaixo da demanda gerada pelo aumento do número de veículos flex.
Do total de automóveis licenciados em 2010, 86% foram com motores flex. De 2003, ano do lançamento dos modelos bicombustíveis, a 2010, as vendas acumuladas de veículos desse tipo atingiram a marca de 12,5 milhões de unidades.
Pelas projeções da Única, a maior parte dos motoristas serão obrigados a migrar para a gasolina e não só por causa da baixa oferta no período de entressafra da cana.
“Trata-se de uma crise estrutural”, disse o presidente da entidade, Marcos Jank. "Do jeito que as coisas estão, se não houver um crescimento na produção, os carros flex usarão menos etanol e mais gasolina".
Depois de crescer a uma taxa média de 10% entre 2000 e 2008, o avanço da produção de cana-de-açúcar recuou para uma patamar de 3% nas duas últimas safras. Para a nova safra, a previsão é de uma produção de 568,50 milhões de toneladas de cana na região centro-sul, um crescimento de 2,11% em relação ao total processado na safra anterior. Para 2012/2013, a previsão é de 600 milhões de toneladas.
Para 2020, casos não sejam feitos novos investimentos em plantações e usinas, a Unica prevê uma produção total de 974 milhões de toneladas de cana – 400 milhões a menos do que a produção necessária para atender a demanda por etanol e derivados no mercado interno, considerando o abastecimento de 66% da frota flex.
Segundo a Unica, a produção de etanol compensa cada vez menos para as usinas e o hidratado se mantém competitivo em poucos estados. Para os usineiros, a gasolina tem seu preço mantido artificialmente baixo pelo governo federal.
Para que o país possa ter um novo ciclo de crescimento da produção, a Unica defende investimentos em novas unidades produtoras, além de incentivos e políticas que deem maior competitividade ao etanol em relação à gasolina como menor tributação, investimentos em infraestrutura e em tecnologia que elevem a eficiência dos motores flex.
Para evitar a alta volatilidade do preço do álcool, a entidade apoia a discussão sobre a formação de estoques reguladores, mas defende que eles sejam controlados pela iniciativa privada. “A cadeia inteira tem interesse numa maior segurança ao sistema e numa menor volatilidade, mas trata-se de uma commodity que está funcionando no mercado aberto. Não é igual a gasolina que só tem preço fixo porque tem monopólio da Petrobras”, diz Rodrigues.
A capacidade de produção de etanol em 2011 só tem condições de garantir o abastecimento de 45% da frota de veículos flex. A projeção é da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), que divulgou nessa quinta-feira previsão de crescimento de apenas 0,52% na produção de etanol na safra 2011/2012.
“No ano passado atendemos 50% da frota flex. A projeção desse ano é de 45% e se nada for feito estamos falando em 37% em 2020", afirmou o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues. Segundo ele, a produção nacional já chegou a atender 90% da frota flex no começo da década.
Mantido o ritmo de crescimento atual da produção e da demanda, a Unica prevê um déficit de 200 milhões de toneladas de cana de açúcar na safra 2015/2016, o que permitirá atender apenas 44% da frota de carros flex.
Unica apresentou nesta quinta a projeção de produção para a safra 2011/2012 (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
Do total de automóveis licenciados em 2010, 86% foram com motores flex. De 2003, ano do lançamento dos modelos bicombustíveis, a 2010, as vendas acumuladas de veículos desse tipo atingiram a marca de 12,5 milhões de unidades.
Pelas projeções da Única, a maior parte dos motoristas serão obrigados a migrar para a gasolina e não só por causa da baixa oferta no período de entressafra da cana.
“Trata-se de uma crise estrutural”, disse o presidente da entidade, Marcos Jank. "Do jeito que as coisas estão, se não houver um crescimento na produção, os carros flex usarão menos etanol e mais gasolina".
Depois de crescer a uma taxa média de 10% entre 2000 e 2008, o avanço da produção de cana-de-açúcar recuou para uma patamar de 3% nas duas últimas safras. Para a nova safra, a previsão é de uma produção de 568,50 milhões de toneladas de cana na região centro-sul, um crescimento de 2,11% em relação ao total processado na safra anterior. Para 2012/2013, a previsão é de 600 milhões de toneladas.
Para 2020, casos não sejam feitos novos investimentos em plantações e usinas, a Unica prevê uma produção total de 974 milhões de toneladas de cana – 400 milhões a menos do que a produção necessária para atender a demanda por etanol e derivados no mercado interno, considerando o abastecimento de 66% da frota flex.
Segundo a Unica, a produção de etanol compensa cada vez menos para as usinas e o hidratado se mantém competitivo em poucos estados. Para os usineiros, a gasolina tem seu preço mantido artificialmente baixo pelo governo federal.
Para que o país possa ter um novo ciclo de crescimento da produção, a Unica defende investimentos em novas unidades produtoras, além de incentivos e políticas que deem maior competitividade ao etanol em relação à gasolina como menor tributação, investimentos em infraestrutura e em tecnologia que elevem a eficiência dos motores flex.
Para evitar a alta volatilidade do preço do álcool, a entidade apoia a discussão sobre a formação de estoques reguladores, mas defende que eles sejam controlados pela iniciativa privada. “A cadeia inteira tem interesse numa maior segurança ao sistema e numa menor volatilidade, mas trata-se de uma commodity que está funcionando no mercado aberto. Não é igual a gasolina que só tem preço fixo porque tem monopólio da Petrobras”, diz Rodrigues.
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