Também foram publicados arquivos com supostos dados do diretor-superintendente do Serpro, Gilberto Paganotto, e dois arquivos relacionados a supostos e-mails de funcionários da Petrobras e do Ministério do Esporte.
Algumas das informações divulgadas sobre os políticos são públicas e constam em prestações de contas de campanhas eleitorais, e foram enviadas ao LulzSec Brasil pelo Twitter por um usuário cadastrado na rede de microblogs na quarta-feira.
Ao G1, o pirata virtual afirmou que mora na Itália e disse que os dados vazados teriam sido divulgados com a ajuda de funcionários do próprio governo. Ele alega que o grupo LulzSec Brasil teria "pessoas infiltradas no governo", que facilitariam o acesso dos hackers aos computadores do governo por meio das chamadas redes privadas virtuais (VPN, na sigla em inglês).
O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) afirma que nenhum dado sigiloso foi acessado pelo grupo nos ataques de quarta.
No caso de Dilma, a Petrobras aparece como empresa a que ela está relacionada, inclusive com um número de CNPJ.
Em seu perfil no Twitter, Kassab postou três mensagens nas quais lamentou a ação. "Lamentável a ação de hackers que invadem a privacidade e causam problemas às pessoas", escreveu pouco depois das 11h. A assessoria da prefeitura confirmou a veracidade de alguns dos dados divulgados.
O link com supostas informações de Haddad inclui CPF, telefones e endereço. Além disso, foram publicados uma data de nascimento, escolaridade, nome da mãe e signo. Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa do MEC afirmou que Haddad não iria comentar o assunto.
A assessoria de imprensa do Ministério do Esporte informou que, devido ao suposto vazamento de dados feito por hackers, o site do ministério seria retirado do ar na tarde desta quinta para que seja feita uma varredura. Segundo a assessoria, o procedimento é padrão para o trabalho de rastreamento. Já a assessoria da Petrobras afirmou que os problemas que tiraram a página da empresa do ar na quarta-feira foram causados por uma instabilidade na rede. Hackers afirmam ter atacado os servidores da companhia.
Ataques na quartaO ataque hacker às páginas da Presidência da República, Portal Brasil e da Receita na madrugada de quarta foi o maior já sofrido pela rede de computadores do governo brasileiro. De acordo com o Serpro, o ataque – que não causou danos às informações disponíveis nas páginas – partiu de servidores localizados na Itália.
Para derrubar os sites, os hackers utilizaram sistemas que faziam múltiplas tentativas de acesso ao mesmo tempo, técnica batizada de “negação de serviço” e conhecida pelas iniciais em inglês DDoS (Distributed Denial of Service). O objetivo dessa ação é tornar o serviço indisponível.
A ação foi reivindicada pelo grupo LulzSecBrazil, que teria ligações com o LulzSec, responsável por ataques recentes a empresas de videogame como Sony e Nintendo, às redes de televisão americanas Fox e PBS e a órgãos governamentais americanos como a CIA (agência de inteligência americana) e o FBI (polícia federal), além do serviço público de saúde britânico, o NHS.
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