Os imóveis lançados em São Paulo
registraram uma valorização média de 8,6% de janeiro a junho deste ano,
segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Secovi-SP (Sindicato da
Habitação). Pressionada pelas medidas do governo para desacelerar o
crédito no País, a venda de residências novas na capital paulista caiu
31,3% no primeiro semestre, ante mesmo período do ano anterior.
De
acordo com o presidente da Secovi-SP, João Crestana, além das medidas
do governo, o movimento das vendas sofre influência dos preços. "Há uma
redução na velocidade de vendas, mostrando que os preços estão no teto".
Em
relação a outros índices de preço, a valorização dos imóveis segue
superior - o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) valorizou-se
no mesmo período 5,6%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) subiu 3,9%. No entanto, para o economista-chefe do Secovi-SP,
Celso Petrucci, o ritmo deve cair. "A tendência é ficar mais próximo
desses índices. A tendência é que fique abaixo da inflação e do INCC,
embora ainda esteja mais alto", disse.
Segundo
o Secovi-SP, no primeiro semestre de 2011 foram vendidos 11.680
imóveis. Já os lançamentos totalizaram 13.992 unidades, volume 3%
superior ao lançado entre janeiro e junho do ano passado. Do total dos
imóveis comercializados, 80,4% (9,396 unidades) estavam em fase de
lançamento, período de seis meses inciais em que o imóvel foi colocado à
venda.
Apesar da variação negativa de vendas no
acumulado do ano em relação a 2010, Petrucci acredita que a relação será
menor. "Nós acreditamos que das 36 mil unidades vendidas no ano
passado, vamos chegar a 32 mil unidades em 2011, com uma queda de 9%",
prevê.
A velocidade de vendas no
primeiro semestre, medida pela relação de vendas sobre oferta de
imóveis, ficou em 13,2%, abaixo dos 21,6% registrados no mesmo período
de 2010. Segundo o Secovi-SP, de janeiro a junho, os imóveis de dois
dormitórios foram os mais comercializados na capital paulista, com
40,3%, seguidos pelas unidades de três dormitórios, com 29,5% do total.
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