Destruição de riqueza nas bolsas é de cerca de US$ 10 trilhões, diz BC

A destruição de riqueza nas bolsas de valores ao redor do mundo nos últimos quatro meses soma cerca de US$ 10 trilhões, segundo informou nesta terça-feira (27) o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

Segundo ele, os valores de mercado das ações listadas nas bolsas de valores somavam aproximadamente US$ 56 trilhões em maio deste ano, passando para cerca de US$ 47 trilhões em 20 de setembro - após as sucessivas quedas geradas pelo recente agravamento da crise financeira internacional.

No fim de 2007, antes do anúncio e concordata do Lehman Brothers (setembro de 2008), o valor mundial das bolsas estava em US$ 60 trilhões, lembrou o BC. "Essa perda de riqueza tem um efeito negativo e perverso sobre o comportamento dos agentes econômicos", avaliou o presidente do BC, Alexandre Tombini.

Segundo ele, o "cenário internacional complexo" tem afetado negativamente a confiança dos agentes econômicos, o que tem se refletido nas previsões de crescimento, principalmente nas últimas semanas.
Tombini citou dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), cuja estimativa de crescimento das economias maduras recuou 0,6 ponto percentual, para 1,6%, e caiu 0,7 ponto percentual para 2012 - para 1,9%. Ao mesmo tempo, a previsão do FMI para o crescimento dos países emergentes caiu 0,2 ponto percentual para este ano, para 6,4%, e 0,3 ponto percentual para o ano que vem - para 6,1%.

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