Com apenas 88 dias de existência desde seu lançamento, o novo projeto
social do Google começa a dar sinais de que está obtendo sucesso e
aprovação dos usuários. De acordo com Paul Allen, fundador do site
Ancestry e CEO do App FamilyLink, o produto já teria alcançado a marca
de 50 milhões de usuários nesta segunda-feira (26/09).
Allen, que vem acompanhando o Google+ desde seus primeiros dias,
estima que o crescimento tem se mantido em taxas que nunca antes foram
monitoradas, principalmente quando comparado aos números históricos de
redes sociais como o Facebook, Twitter, Linkedin e o MySpace (este
último chegou a ser a rede social mais usada no mundo).
Mesmo inicialmente limitado por convites, o projeto social da gigante
de Mountain View chegou a obter em seus primeiros dias uma verdadeira
explosão de popularidade, chegando a 10 milhões de usuários e mais de 1
bilhão de itens compartilhados em apenas um único dia, revelado pelo CEO
Larry Page, no último mês de Julho.
Com a descontinuação dos convites e uma integração mais próxima com o
botão do Google+1, atualmente com mais 5 bilhões de impressões diárias,
o Google+, ou melhor, um “serviço de identificação”, descrito
recentemente pelo presidente do conselho Eric Schmidt – talvez por
permitir que usuários apenas utilizem seus nomes reais – tem ganho a
atratividade necessária para colocar a empresa de volta ao mapa dos
sites sociais.
Para se ter uma ideia exata deste crescimento alucinante, os 50
milhões de usuários obtidos pelo Google+, nos últimos 88 dias, só foram
conseguidos pelo Facebook em 1325 dias, ou seja, um pouco mais de três
anos após seu lançamento ao público. No caso do Twitter e do MySpace,
que também tiveram altas taxas de crescimento, só chegaram a marcas
similares após 1 ano de vida no mercado.
Mas o que tem chamado tanto a atenção dos usuários? Um dos grandes
pontos de destaque do Google+ é a sua interface simples, intuitiva e
dinâmica que revela um lado diferente quando comparamos com arquiteturas
carregadas de recursos, como tem ocorrido cada vez mais com o Facebook e
Twitter, que tentam preencher todos os espaços com novas
funcionalidades ou alteram suas funções navegacionais sem se importar
com o feedback de seus usuários.
No Google+, os executivos do Google tem demonstrado cada vez mais que
estão prestando a atenção no que os usuários estão falando de sua
plataforma, incluindo os feedbacks diretos que permitem realizar
correções e melhorias em alta velocidade. Uma prova disso foi o
lançamento recente dos Hangouts para celulares, um dos temas mais
discutidos entre os desenvolvedores do Google Developer Day 2011, o que
demonstrava uma tendência importante para o Google investir suas fichas e
pretensões.
Com a abertura das APIs a empresa também busca uma maior integração
com sites externos, aplicativos e outras criações que poderão dar ao
projeto social uma expansão significativa na usabilidade de sua
plataforma, permitindo que as informações possam conectar e interagir
com outros usuários, incluindo novos modelos de trabalhos colaborativos e
até formatos inovadores de entretenimento virtual.
Apesar do sucesso, que atualmente classifica o Google+ como o projeto
social com o crescimento mais rápido da internet, ainda há muito o que
fazer e promover como integrações com o Google Reader (o que otimizaria
os Sparks), permitir que os usuários do Orkut também possam iniciar
Hangouts (o que reduziria a barreira entre os produtos), reintrodução de
uma nova pesquisa em tempo real para encontrar conteúdo no Google
Search, integração dos perfis corporativos, etc.
No caso do Orkut, que destaca o nosso mercado entre dois produtos
sociais, seria muito interessante ver o Google+ assumindo o sistema de
atualizações (timeline) da maior rede social do Brasil, ou pelo menos
doando a interface para que haja um ambiente mais amigável para as
publicações e discussões, algo que hoje está praticamente paralisado
devido ao funcionamento que não valoriza o conteúdo relevante.
Na questão do acesso móvel, principalmente entre os usuários do
Android e iPhone, o Google Brasil caminha para intervir no mercado com
um novo aplicativo nos próximos dias.
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