Grécia se esforça para agradar troika e receber ajuda financeira
Atenas, 29 set (EFE).- O Governo grego qualificou nesta quinta-feira
como "positiva e produtiva" a primeira reunião com os chefes de missão
da "troika" - Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo
Monetário Internacional (FMI) - enquanto se esforça para aplicar os
cortes adicionais exigidos pelos credores para receber um novo lance do
empréstimo internacional de 8 bilhões de euros.
Entre a pressão dos supervisores e a oposição dos ajustes pelos
sindicatos, o Governo socialista grego teve que buscar novas medidas
para conseguir liberar essa ajuda financeira.
Assim, o primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, presidiu um
Conselho de Ministros para aprovar um pacote de medidas adicionais, que
pretende cobrir o rombo de 2 bilhões euros que impedia o país de reduzir
o déficit deste ano para 7,6%.
"Agora nos inspecionam inclusive por esse desvio de 2 bilhões de
euros assumidos para cobrir as medidas adicionais, que são difíceis e
muitas vezes dolorosas", afirmou Papandreou.
"As medidas são necessárias para evitar que o país seja exposto a um
cenário de dúvidas", completou o líder grego, fazendo referência a uma
possível quebra caso não venha a receber o novo lance do empréstimo
internacional.
Nesta quinta, o Governo aprovou uma nova escala salarial para os
funcionários, que irá aplicar um corte de 25% no salário de até 17% dos
empregados públicos. Desta forma, o salário máximo ficará em torno de
2.200 euros por mês, enquanto o mínimo subirá para 780 euros.
Dessa forma, o Governo deve alcançar uma decisão definitiva já no
próximo domingo, depois do encontro entre Papandreou e o presidente
francês, Nicolas Sarkozy. A reunião está marcada para sexta-feira, em
Paris.
Por sua parte, a Confederação de Funcionários Públicos, que defende
os direitos de 900 mil funcionários, bloqueou nesta quinta-feira a
entrada de vários ministérios, incluindo o das Finanças. O protesto
obrigou o ministro Vangelis Venizelos a se reunir com os credores
estrangeiros em outro local.
No primeiro encontro pessoal entre Venizelos e os chefes da troika,
depois do auge das manifestações há três semanas, foram revisados os
principais conflitos nas contas públicas.
Segundo informou uma fonte do Ministério das Finanças aos
jornalistas, Venizelos "manifestou sua satisfação" pela "atmosfera
positiva e produtiva, apesar dos sacrifícios que o povo grego está
fazendo". EFE
Do Yahoo
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