Bancários de SP aceitam proposta da Fenaban e encerram greve


Em assembleia no início da noite desta segunda-feira (17), os bancários de São Paulo aceitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e decidiram encerrar a greve iniciada há 21 dias.
Segundo a assessoria de imprensa do sindicato da categoria, a proposta patronal tem aumento real, valorização do piso e da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), não desconto de dias parados, fim do transporte de numerário e de ranking individual de metas, dentre outras conquistas. A assembleia foi realizada no Centro Trasmontano, na Sé, Centro da capital, e a decisão foi unânime.

Bancários do Banco do Brasil também se reuniram nesta segunda-feira e decidiram aceitar a proposta patronal. As agência devem reabrir amanhã normalmente no estado. E os funcionários da Caixa Econômica Federal ainda não deliberaram sobre a proposta.

O acordo entre a Fenaban e os representantes do Comando Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) ocorreu na noite de sexta-feira (14). A proposta prevê 9% de reajuste sobre salários, retroativos a 1º de setembro, e 12% de reajuste no piso da categoria, que passa de R$ 1.250 para R$ 1.400 para a função de escriturário.

Também houve avanço na discussão sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A partir de agora, cada trabalhador poderá receber até 2,2 salários mais R$ 2.800 por ano (contra 2,2 salários mais R$ 2.400).

Em relação ao piso da categoria, o aumento real foi de 4,3%. Será o oitavo ano consecutivo que os trabalhadores do setor terão aumento real. Os dias de paralisação não serão descontados e serão compensados até o dia 15 de dezembro, segundo a Contraf. Como em anos anteriores, eventual saldo após esse período será anistiado.

De acordo com a Fenaban, o auxílio-refeição será de R$ 19,78 e a cesta-alimentação passa para R$ 339,08 por mês, além de 13ª cesta no mesmo valor. O auxílio creche mensal será de R$ 284,85 por filho até 6 anos.

HistóricoOs bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, por tempo indeterminado, após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida no dia 23. A proposta patronal contemplava reajuste de 8% sobre os salários, o que representava aumento real de 0,56%, segundo a Contraf. A reivindicação inicial da categoria era de 12,8% de reajuste, sendo 5% de aumento real.

Os bancários pediam, ainda, valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.

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