Fazenda em MG produz 1,5 tonelada de insetos por mês para fazer ração
A Fazenda Vale Verde, fica no município de Betim, em Minas Gerais. Além das represas e dos jardins, tem um criame de aves, araras, cacatua, pagaio.
Só de papagaio boiadeiro, ela faz 300 filhotes por ano. Vende a dois mil reais cada um e tem fila de espera. A criação é devidamente autorizada pelo Ibama.
A presença dos bichos de pena acabou levando a Vale Verde, a ampliar a lista das pecuárias esquisitas. Existem criações de grilos, besouros e baratas.
A criação de araras não estava dando certo, principalmente na parte de reprodução. O pesquisador de uma universidade sugeriu que poderia ser falta de inseto na comida. Os criadores experimentaram e deu certo.
A fazenda passou a criar insetos para as suas aves e depois ampliou. Gilberto Schickler, zootecnista responsável, explica que o plantel da Fazenda Vale Verde é de cerca de cinco bilhões de insetos em produção.
A criação de baratas, uma das mais promissoras, é feita em bombonas de PVC, abertas em cima. “Para evitar que as baratas fujam das bombonas passamos uma espécie de talco na borda superior interna, então quando elas estão subindo, elas escorregam neste talco. A comida é uma ração farelada que a gente produz no criatório, a base de soja, milho, farelo de trigo e outros ingredientes”, explica o zootecnista.
“A água pode ser fornecida de várias formas, nesse momento a gente está fornecendo através de cana-de-açúcar. Elas vão comendo tudo por dentro, então elas se alimentam e bebem a água ao mesmo tempo”, diz.
As baratas criadas, não são da mesma espécie que nos causam horror quando aparecem no ambiente doméstico. “Ele é um negócio promissor porque a barata é um inseto muito rústico, fácil de criar, dificilmente tem doença. É o inseto que tem mais proteína, cerca de 60% de proteína quando está desidratado. Cada uma produz cerca de 200 filhotes a cada seis meses”, declara.
O criatório de grilos se faz em caixas de papelão. Muda pouca coisa em relação à barata. “Nós dividimos a criação de grilos em fases. Cada caixa tem insetos com diferença de 10 dias”, explica.
Ração e água ou fonte de umidade, as mesmas da barata, que vão ser as mesmas do besouro. “Os grilos vivem em torno de 120 dias e nesse período ele produz 250 filhotes”, afirma.
O besouro tenebrio é o inseto mais produzido no mundo, tanto para a ração, quanto pra comida de gente. Uma boa fonte de água é a rodela de abobrinha. Quando novinho é vermelho, adulto é bem preto.
Na forma de larva viva de tenébrio, larva desidratada também de tenébrio, grilo vivo, barata torrada moída, os insetos são hoje procurados por zoológicos, institutos de pesquisa, pescadores.
Em relação ao preço o zootecnista explica que o preço de atacado é negociado. “A gente comercializa a partir de 100 gramas de inseto. No caso do tenébrio gigante, mais ou menos 100 larvas, fica em R$ 20”, diz.
A Fazenda Vale Verde tem também uma fabrica de ração para aves domésticas e ornamentais e agora está cuidando da parte burocrática para que as autoridades sanitárias autorizem o uso de insetos na dieta dos bichos de pena.
“Na natureza, todos os pássaros se alimentam de insetos. Até um beija-flor, que todo mundo acha que só come néctar, principalmente na época da reprodução, quase 60% da dieta dele é de microinsetos”, afirma Paul Machado, biólogo
Os insetos têm quatro fases. A de ovo, larva, pulpa e a de adulto. Cada fase com uma duração. A fazenda tem um insetário onde as espécies criadas ficam em exposição. As visitas podem ver também embalagens de Larvets, pequenos pacotes com larva seca de tenébrio que podem ser comprados em lojas especializadas nos EUA. São para comer mesmo, tem até pirulito com larva dentro.
O dono da fazenda Luiz Possas fala sobre a recusa de usar insetos como alimentos. “A gente tem que levar em conta que esse preconceito, é um preconceito brasileiro, porque a gente observa que em vários países do mundo isso já é comum”.
Luiz acrescenta que essa repulsa é comum em todo o Ocidente, sendo que em países da Ásia existem até locais para a degustação de insetos, como espetinho de escorpião, gafanhoto frito no prato e espaguete com barata.
A fazenda espera que a autorização para usar insetos na ração de aves domésticas saia dentro de alguns meses. Enquanto isso o criame só aumenta, inclusive agora com a produção também de larvas de moscas. Se vai chegar a produzir inseto como comida para o consumo humano, a fazenda ainda não sabe, por enquanto, a passarada é que está gostando.
A fazenda não pretende pedir autorização ao Ministério da Agricultura para usar insetos na produção de alimento humano. No momento, o mercado de ração para aves absorve todos os que ela cria e ainda está em crescimento.
Só de papagaio boiadeiro, ela faz 300 filhotes por ano. Vende a dois mil reais cada um e tem fila de espera. A criação é devidamente autorizada pelo Ibama.
A presença dos bichos de pena acabou levando a Vale Verde, a ampliar a lista das pecuárias esquisitas. Existem criações de grilos, besouros e baratas.
A criação de araras não estava dando certo, principalmente na parte de reprodução. O pesquisador de uma universidade sugeriu que poderia ser falta de inseto na comida. Os criadores experimentaram e deu certo.
A fazenda passou a criar insetos para as suas aves e depois ampliou. Gilberto Schickler, zootecnista responsável, explica que o plantel da Fazenda Vale Verde é de cerca de cinco bilhões de insetos em produção.
A criação de baratas, uma das mais promissoras, é feita em bombonas de PVC, abertas em cima. “Para evitar que as baratas fujam das bombonas passamos uma espécie de talco na borda superior interna, então quando elas estão subindo, elas escorregam neste talco. A comida é uma ração farelada que a gente produz no criatório, a base de soja, milho, farelo de trigo e outros ingredientes”, explica o zootecnista.
“A água pode ser fornecida de várias formas, nesse momento a gente está fornecendo através de cana-de-açúcar. Elas vão comendo tudo por dentro, então elas se alimentam e bebem a água ao mesmo tempo”, diz.
As baratas criadas, não são da mesma espécie que nos causam horror quando aparecem no ambiente doméstico. “Ele é um negócio promissor porque a barata é um inseto muito rústico, fácil de criar, dificilmente tem doença. É o inseto que tem mais proteína, cerca de 60% de proteína quando está desidratado. Cada uma produz cerca de 200 filhotes a cada seis meses”, declara.
O criatório de grilos se faz em caixas de papelão. Muda pouca coisa em relação à barata. “Nós dividimos a criação de grilos em fases. Cada caixa tem insetos com diferença de 10 dias”, explica.
Ração e água ou fonte de umidade, as mesmas da barata, que vão ser as mesmas do besouro. “Os grilos vivem em torno de 120 dias e nesse período ele produz 250 filhotes”, afirma.
O besouro tenebrio é o inseto mais produzido no mundo, tanto para a ração, quanto pra comida de gente. Uma boa fonte de água é a rodela de abobrinha. Quando novinho é vermelho, adulto é bem preto.
Na forma de larva viva de tenébrio, larva desidratada também de tenébrio, grilo vivo, barata torrada moída, os insetos são hoje procurados por zoológicos, institutos de pesquisa, pescadores.
Em relação ao preço o zootecnista explica que o preço de atacado é negociado. “A gente comercializa a partir de 100 gramas de inseto. No caso do tenébrio gigante, mais ou menos 100 larvas, fica em R$ 20”, diz.
A Fazenda Vale Verde tem também uma fabrica de ração para aves domésticas e ornamentais e agora está cuidando da parte burocrática para que as autoridades sanitárias autorizem o uso de insetos na dieta dos bichos de pena.
“Na natureza, todos os pássaros se alimentam de insetos. Até um beija-flor, que todo mundo acha que só come néctar, principalmente na época da reprodução, quase 60% da dieta dele é de microinsetos”, afirma Paul Machado, biólogo
Os insetos têm quatro fases. A de ovo, larva, pulpa e a de adulto. Cada fase com uma duração. A fazenda tem um insetário onde as espécies criadas ficam em exposição. As visitas podem ver também embalagens de Larvets, pequenos pacotes com larva seca de tenébrio que podem ser comprados em lojas especializadas nos EUA. São para comer mesmo, tem até pirulito com larva dentro.
O dono da fazenda Luiz Possas fala sobre a recusa de usar insetos como alimentos. “A gente tem que levar em conta que esse preconceito, é um preconceito brasileiro, porque a gente observa que em vários países do mundo isso já é comum”.
Luiz acrescenta que essa repulsa é comum em todo o Ocidente, sendo que em países da Ásia existem até locais para a degustação de insetos, como espetinho de escorpião, gafanhoto frito no prato e espaguete com barata.
A fazenda espera que a autorização para usar insetos na ração de aves domésticas saia dentro de alguns meses. Enquanto isso o criame só aumenta, inclusive agora com a produção também de larvas de moscas. Se vai chegar a produzir inseto como comida para o consumo humano, a fazenda ainda não sabe, por enquanto, a passarada é que está gostando.
A fazenda não pretende pedir autorização ao Ministério da Agricultura para usar insetos na produção de alimento humano. No momento, o mercado de ração para aves absorve todos os que ela cria e ainda está em crescimento.
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