Você consegue imaginar postes flexíveis?
Imagine um poste que absorve o impacto das batidas e provoca menos
danos no veículo e ajuda a preservar os compartimentos do motorista e do
passageiro. Ainda assim, ele pode ser recuperado no próprio local do
acidente, sem que a rede elétrica seja desligada. Pois este produto já é
uma realidade em nove Estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Amazonas, Ceará e
Pará.
Trata-se do poste feito à base de fibra de vidro, desenvolvido pela
empresa paranaense Petrofisa, que recebeu financiamento da Financiadora
de Estudos e Projetos (Finep) para ajudar no aprimoramento industrial do
produto.
Os postes, que podem substituir os modelos tradicionais de concreto
ou madeira, já respondem por quase 30% do faturamento da empresa, e a
tendência é de que os números cresçam na medida em que a produção seja
aperfeiçoada. A cada vinte cinco minutos, um novo poste é construído.
São cerca de 60 por dia. Tamanho sucesso pode ser explicado pelas
inúmeras vantagens do produto.
Apesar de duas vezes mais caro (R$ 1,6 mil por unidade, contra os
cerca de R$ 800 de um poste de concreto), os compradores economizam a
longo prazo, já que o tempo de vida útil é de 80 anos – entre 20 e 40
anos a mais que o de materiais convencionais (isso sem considerar que
postes de madeira instalados em locais úmidos ou com ampla incidência de
aves precisam ser substituídos a cada 15 anos).
O menor impacto sobre o veículo pode ajudar a reduzir um índice
impressionante: todos os anos, 35 mil pessoas morrem vítimas de
acidentes de carro no Brasil, e em 10% de todos os acidentes de trânsito
do País o veículo colide com um objeto fixo.
A Petrofisa surgiu em 1997, com o objetivo de fabricar tubos e
conexões de PRFV (Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro). Seis anos
depois, uma parceria com técnicos da Companhia Paranaense de Energia
(Copel) deu origem ao desenvolvimento dos primeiros postes feitos com o
material. Logo no décimo poste desenvolvido, os testes foram conclusivos
e começou a produção em escala industrial.
Os novos postes também dispensam manutenção, já que são livres do
ataque de fungos e cupins, apresentam propriedades anticorrosivas, e
ainda podem ser produzidos na cor desejada, com aditivos de proteção
contra raios Ultravioletas (U.V.) aplicados diretamente nas camadas
externas, garantindo boa aparência e durabilidade.
A nova tecnologia usa resina atóxica, sem liberação de compostos
orgânicos voláteis nem poluentes atmosféricos. Além disso, por ser um
produto não condutor de eletricidade, a fibra de vidro oferece maior
segurança para as equipes das empresas de utilidade e para o público em
geral.
Os postes flexíveis são leves, têm cerca de 120 quilos, contra 360
quilos do modelo de madeira e 980 quilos do poste de concreto. Isso
significa mais unidades por carga de caminhão, menor custo de transporte
e maior facilidade para levar luz elétrica a lugares de difícil acesso.
Por isso mesmo, no Rio de Janeiro, a distribuidora de energia Light já
comprou 68 modelos para implantar na comunidade Santa Marta, em
Botafogo, Zona Sul (uma região de muitos morros).
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